ausente de mim
estremeço em teus abraços
num bailado rubro
que ensaio na areia
orvalhada de prenúncios
soltos a teus pés
erma de ti
ensandeço nos teus lábios
que decifro ainda
nostálgica do tempo pretérito
rasgado de memórias
resgatadas em mim
remota de nós
sorvo a aurora espontada
em serranias do querer
e no zénite de mim
sou rio espontâneo
a alvorecer na foz
alexandra, julho, 2009
4 comentários:
Ausente, erma e remota...
O poema é belíssimo querida amiga, de imensa ternura e sensibilidade.
Gostei, como é óbvio.
Beijo.
E, mais uma vez, agradeço o teu carinho assíduo...
Um beijo.
"erma de ti
ensandeço nos teus lábios
que decifro ainda
nostálgica do tempo pretérito
rasgado de memórias
resgatadas em mim"
Descrever com palavras os sentimentos mais profundos é simplesmente mágico, o que faz de você, uma alquimista.
Honrada por sua visita, sigo te acompanhando...
Beijinhos,
Cris
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