és tu a correr fugidio
na lágrima teimosa
e a seiva fecunda
deste grito contido
que me engelha a alma
és tu a nuvem espessa
que estala na vidraça
reclusa no meu peito
e o troar silenciado
que ecoa em mim
é tua a voz
deste pisado silêncio
deste grito apertado
remendado no pranto
que trago nos olhos
e é tua a fragrância
que seduz o sonho
colorido de açucenas
no bouquet de memórias
que agasalho em mim
és sempre tu
alexandra, nov. 2010
10 comentários:
Sabes que mais?
Ainda bem que voltaste a pubicar com maior frequência.
Porque me podia esquecer de quão virtuosa é a tua poesia.
Este poema é soberbo, querida amiga.
Um beijo.
Não é poeta que quer, mas apenas quem tem esse dom...
É um privilégio ler-te, Alexandra!
Um beijinho enorme
É assim que dói quando as memórias não nos abandonam...
Lindo! (retribuo a gratidão)
Beijinhos
As tuas palavras têm vida... pulsam no coração do poema!...
Beijos!
AL
Querida Alexandra
Venho desejar-te um Feliz Natal, esperando que estejas bem!
Saudades...
Um beijinho com todo o carinho e amizade
Querida amiga, desejo-te um Natal muito feliz, na companhia dos que mais amas.
Beijos.
Alexandra, venho desejar-lhe um Natal feliz e que o novo ano lhe traga tudo o que deseja. E poesia, muita poesia.
Um beijinho.
Maria
Agradeço a todos o carinho com que me brindam sempre... Um enorme bem-hajam!
Quanto significado! Realmente, quando se ama, o outro está em tudo que vemos e sentimos, sempre está...
Linda a sementeira de palavras.
Uma vez li que "Quando um poeta escreve brotam flores e aves levantam voo" e é isso que nestes poemas acontece.
Gosto da escolha musical, mas acorda em nós a dor de mais cedo ou mais tarde, termos de estar a sós com o vazio da morte.
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