permeio o tempo
em acordes abertos
no meu leito de memórias
e são instantes tintos
de buganvílias níveas
que medram ensejos
e aromas de lis
que escorrem do tempo
empoçado na alma
são passadas teimosas
ofegantes de contos
corados de afetos
que gravei a cal
na lousa da vida
são passos marcados
pelos dedos tristes
de uma ária breve
carícias na alma
que duram o entoar
de uma lembrança
alexandra, dezembro, 2012
2 comentários:
E assim fazemos caminho, com os pés gravados no chão.
Das pegadas, o vento levará o que nunca dissemos e saberá, por certo, quantas foram as lágrimas que escrevemos até que soubéssemos dizer um poema.
Um beijinho, Alexandra.
Obrigada por me dares o privilégio de te ler.
Todos gravamos a cal muitas coisas nas lousas da nossa vida...
Excelente poema, gostei imenso.
Alexandra, minha querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
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