aninhada no regaço dos dias
assisto ao destilar do tempo
que se esgota na clepsidra velha
entre dedos moídos e olhos embaciados
murmulha a vida na lágrima límpida
salpicada na lousa por limpar
e é de veludo carmim o pulsar
do coração espalhado pelo chão
vogo na viração da fortuna
em vértices alheados de mim
e neste baloiçar acre da nortada
gemem todas as horas que perdi
alexandra, outubro, 2014
2 comentários:
Continua a ser uma delicia ler-te!...
Belissimo!
Beijo,
AL
Belissimo!...
A espressão poética vibra em cada estrofe, grita em cada palavra, beija em cada sílaba!
Beijos,
AL
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