e o tempo prometido
não chega
detém-se frígido e dolente
em valados de lembranças
desfalecido de ímpetos
tempo hirto e insofrido
que encobre desleal
meus sonhos incumpridos
silente espia
as alvoradas fulgentes
e acena com lampejos
de quando a vida cedeu
e os alicerces aluíram
em compasso ferido
nesse dia restante
no instante final
partiste
e deixaste meus olhos
fixos no arco-celeste
meus lábios interditos
em busca da palavra
meu ser demolido
suspenso do vazio
que ressoa no algar
que me tem refém
alexandra, agosto, 2009
detém-se frígido e dolente
em valados de lembranças
desfalecido de ímpetos
tempo hirto e insofrido
que encobre desleal
meus sonhos incumpridos
silente espia
as alvoradas fulgentes
e acena com lampejos
de quando a vida cedeu
e os alicerces aluíram
em compasso ferido
nesse dia restante
no instante final
partiste
e deixaste meus olhos
fixos no arco-celeste
meus lábios interditos
em busca da palavra
meu ser demolido
suspenso do vazio
que ressoa no algar
que me tem refém
alexandra, agosto, 2009
25 comentários:
Tens uma surpresa agradável no teu Blog. Espero que gostes.
Cumprimentos,
Carlos Allberto Borges
Bem-vindo, Carlos, há quanto tempo!
Obrigada pela surpresa, meu amigo, mas fui visitar-te e não a descobri...
Beijinho enorme!
Apenas leio... na sede de te ler.
(Também tenho um miminho para ti... na Sala de Mimos e Afectos)
Beijo, querida Alexandra.
Agradeço-lhe imenso as palavras que me deixou. Acredite que são um incentivo para mim. Gosto muito do que escreve, Alexandra, vim aqui ter por acaso, através de um blog de um amigo comum. E revi-me em tanto do que escreve que volto sempre. Este seu poema é mais um daqueles que, ao lermos, parecem feitos para nós, para mim.
Um bom fim-de-semana e um abraço.
Um agradecimento sincero, Paola, pelas palavras com que me brindas - tocam-me sempre!
E agradeço desde já o miminho (vou buscá-lo de seguida!) que tanto me honra. Quanta gentileza, querida Paola!
Um enorme beijinho.
A si, Maria, digo-lhe que me deixou sem palavras... no seu cantinho, lendo-a, também eu me revejo e desço dentro de mim.
Bem-haja! E volte sempre!
Um grande beijinho.
Alexandra
É certo que o tempo prometido nem sempre chega...
É certo que às vezes os alicerces se fragilizam quando a vida cede...
É certo que adoro ler-te...
Um beijinho, minha fiel amiga
Minha querida Maria João, obrigada pelas tuas palavras sempre tão doces... obrigada por gostares do que escrevo!
Também eu adoro ler-te!
Um beijinho enorme.
haverá sempre promessas por cumprir, sonhos por vencer, amores por viver.
Alexandra:grato pela visita, pelas palavras e especialmente pelo prémio...
...um beijinho
Olá querida, obrigada por estar me acompanhando no Fitness.Não achei seu blog Miminhos que recebi, não consegui encontrar.
Beijos de Luz.
Eliane
Alexandra, venho agradecer o "miminho" que me deu. Vou levá-lo comigo. É o primeiro que recebo e logo de si! Muito obrigada.
Bem haja e uma boa semana para si.
Um Beijo.
Alexandra
Obrigado pelo prémio. Mentia se negasse a vaidade de o receber, é bom sentir que gostam de nós. É algo de visceral...
Quanto às regras... é a unica regra a que me obrigo no meu blog, a de não as cumprir, esperando que ninguém se melindre.
Como sabes, tenho por este teu cantinho, um carinho especial e isso é para mim o mais importante!
Um beijinho
Amiga, obrigada uma vez mais por este miminho, que vindo de si, tem um "sabor" inigualável...e um valor inquestionável!! Beijinho grande com saudade, muita saudade... Vou ja leva-lo comigo! :-)
O "ser demolido" pela partida, pelo "tempo prometido que não chega". Os sonhos que não se cumprem, tornando o sujeito poético refém e de "lábios interditos"... como que manietado pelo "compasso ferido" da partida.
Gostei imenso do teu poema querida amiga.
Agradeço-te o "miminho", que me sensibilizou.
Um beijo.
Somos reféns de emoções que nos mantém cativos.
Bjins
"silente espia
as alvoradas fulgentes
e acena com lampejos
de quando a vida cedeu
e os alicerces aluíram
em compasso ferido
nesse dia restante
no instante final"
Alexandra, fiquei impressionadíssima com a beleza deste poema.
Lindo... envolvente!
Quero agradecer.lhe muito a referência gentil ao meu blog.
Sinto-me honrada!
Muito obrigada. Prometo vir mais vezes para me inteirar da beleza dos seus escritos.
Vóny Ferreira
Voltei, para reler, na falta de novas palavras, tão suas. Desejo-lhe um bom resto de semana.
Um beijo, Alexandra.
Alexandra
Senti saudades de te ler e....
Deixo-te um abraço esperando que estejas bem.
sempre sobrarão palavras por dizer... sonhos por cumprir... segredos por desvendar...
sempre sobrará a memória... e o tempo de a regenerar...
abraço Alexandra
os sentidos por aqui...
Partir nem sempr é nos deixar, pois tudo que fica esta no coração de cada um basta sentir, paz.
Alexandra
Um beijinho
Espero que estejas bem!
Alexandra,
É uma delicia ler a tua poesia!!!
Beijos...
AL
Olá,
Não tenho por hábito lamentar-me. Porém o facto de hoje ter entrado de férias, noto uma grande diferença de tempo, permitindo-me de acordo com o meu desejo ,ver e analisar os teus óptimos posts que apenas os observo duma forma fugaz no meu perfil, sempre que posso.
Por isso, não me abstraindo do bom conteúdo dos teus posts, venho aqui expressar no teu "cantinho" o desejo que continues com aquela vivacidade e força que te é característica, desejando-te um óptimo Natal com muita harmonia e paz.
Podes contar sempre com este Amigo que muito aprecia a forma de te expressares e cuja Amizade é recíproca.
Desejo-te um Feliz Natal e que o Novo Ano te traga a concretização de todos os teus desejos.
Cumprimentos do Amigo,
Carlos Alberto Borges
Querida Alexandra
Venho desejar-te um Feliz Natal, junto dos teus, com muita saúde, paz e harmonia.
..e que voltes depressa, claro!
Muitos beijinhos
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