sábado, 10 de outubro de 2015






não quero falar de ti
nem do tempo sumido
nos silêncios das palavras
que não dissemos

porque existimos ainda
na maresia azul dos oceanos
e nos arco-íris que pintámos
descuidadamente
uma e outra vez

existimos na brisa das marés
e nos passos escritos na areia 

são nossas as mãos-coral
que ondulam nos recifes da memória

aí perduramos
perpétuos
nesse retiro encantado
e hoje a minha solidão
é este punhado de lembranças


alexandra, outubro 2015

10 comentários:

Maria Luisa Adães disse...

Qual o porquê do falar...

Nas lembranças
do princípio de tudo

A noite se ilumina
com outra claridade

E sabemos
que houve imensas palavras que não dissemos
e demasiados silêncios à nossa volta

Talvez assim se ame
uma vida sem loucuras
colorida no aceitar

e aí,
por detrás das cortinas
se esconda a verdadeira
Felicidade!

Poema muito bom e sentido,

Maria luísa

A.S. disse...

Há dias em que a felicidade nos visita
ao fim da tarde
na penumbra que aquece as mãos
e acende escombros nas lembranças,
em cada sorriso, em cada palavra, em cada beijo,
em bocas que ainda queimam e persistem!

Beijos,
AL

Ana Pereira disse...

O amor existe nas pequenas coisas e até vive nas pequenas lembranças. Recordar é viver. Um abraço, Ana

saudade disse...

Lembranças..... Ajudam a viver...para quem as tem....
Saudade

Jaime Portela disse...

Não é preciso falar quando os sinais que nos cercam tudo revelam...
Magnífico poema, como sempre. Gostei imenso.
Alexandra, querida amiga, tenha um bom fim de semana.
Um abraço.

A.S. disse...

Vim reler-te...

Beijo,
AL

Jaime Portela disse...

Voltei para ver as novidades...
Mas gostei de reler o seu excelente poema.
Tenha um bom fim de semana, minha querida amiga Alexandra.
Abraço.

Alfredo Rangel disse...

Magnífica poesia. Não há arte mais emocionante que a poesia. E você é emoção. Parabéns! Excelente!

A.S. disse...

SAUDADES...!!!

AL

Jaime Portela disse...

Como deste sinal de vida, pensei que tinhas publicado... Andas com falta de tempo e/ou de inspiração...?
Mas gostei (gosto sempre) de reler o teu excelente poema.
Boa semana, querida amiga Alexandra.
Beijo.