sinto o sussurrar do destino
a fecundar como zéfiro
as planícies caóticas do meu ser
e tu ressurges da chuva de memórias
trovejas em cada golpe dormente
que teima em não sarar
revisito esse tempo quedo
de instantes outros
que eternizei na cal inefável
que me vela o olhar
e rasga fissuras no meu rosto
lúcida a verdade brota pura
no segredar do destino
preteri minha alma
quedou-se encantada
nesse paço onírico
onde reinas sem mim
alexandra, Junho 2012
3 comentários:
Nunca deixamos de revisitar os lugares onde a alma se despedaçou, porque neles ficará sempre um pedaço de nós que sangra e, por isso mesmo, continua a ser nosso.
Lindo! A tua poesia é-me dolorosamente familiar, por isso gosto tanto de te ler.
Beijinho grande, Alexandra
Um poema maravilhoso, com o qual a minha alma se identificou!
Curiosamente, tb eu participei na antologia "Nas Águas do Verso" :-)
Um beijinho*
O destino,ai o famoso destino,no destino só deus é que manda,só deus é que sabe o nosso futuro,só deus permanece em nossas vidas para nos acalmar e aconselhar,só deus,só deus.
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