mergulhada que é a alma
nas
catacumbas da vida
cada
instante liberta
o
grito que em vão se detém
o
frio marmóreo
de
cada gesto olvidado
emerge
da flor púrpura
que
pulsa dentro do peito
e
rosários de cristal
lançam-se
incontroláveis
pelos
trilhos sulcados
pela
dor letal
que
desfigura o rosto
e
envenena o ser
alexandra, 2004
2 comentários:
Belíssimo este "grito silenciado" que apenas deixa transparecer na sua escrita. Gostei muito da singeleza e simplicidade formais aliadas a esses "rosários de cristal" que escorrem no seu texto.
Lia
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