o
ser que foste
apagou-se silenciosamente
o pavio da vida
repentinamente se extinguiu
de ti nem nome nem datas
resplandece o olvido
o desprendimento pungente
aberrante
nesse cantinho esquecido
que partilhas agora
com os que em sossego
alcançaram também o infinito
para eles flores
da cor dos abraços
em tons de saudade
para ti o vazio
nesse plaino de dor
um número tão somente
nada mais
numa morna tarde de inverno
procurei-te
e com uma singela rosa branca
respeitosa e sentida
anonimamente nomeei-te
alexandra, 2004
2 comentários:
Doces palavras que aquecem a alma daquele que partiu e só morreu...
Bj
Helena
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