adiámos a
ventura
clandestinos da vida
como trepadeiras ilhadas
que estrangulam em nós
tristezas e tormentos
em dias inconsoláveis
serenámos ausências
e acolhemos solidão
cravada em chãos
de paixão contida
afastámos o enleio
sufocado na lágrima
que molha o coxim
das almas amarguradas
por vontade sua
recusámos o ósculo terno
e húmido de frenesi
nos lábios acanhados
e estreámos gaiolas
de fantasias indizíveis
tardámos o sentir
que derramava de nós
o puro amor sofreámos
inscientes da vida adiada
que não algemaremos mais
alexandra, julho, 2009
4 comentários:
Lindo o teu poema... apaixonada clausura... que " não algemaremos mais"... afastado "o enleio sufocado na lágrima"...
Beijo. Terno.
Gentile e limpido, grazie
Estive por aqui lendo um pouco em seu blog!! Abraços Ademar!!
Um imenso obrigada aos três: pelo carinho, Paola; grazie mille per la visita, proferman; pela sua visita, Ademar.
Voltem sempre!
Um beijo.
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