raiaste na noite
princesa de sonhos
com toque ebúrneo
enfeitiçado de carmim
afluíste essencial e raro
e descobriste-me luzente
de um querer desnudo
e fero na luz desse Maio
risonho de boninas
no relento da aurora
ornaste meu jardim
falho de conchegos
com hálitos íntimos
de promessas rubras
e apelos desmedidos
araste-me a vida
com o sémen
da romã carnuda
que aflora agora
os lábios exaltados
por anseios admiráveis
alexandra, maio, 2009
2 comentários:
"e descobriste-me luzente de um querer desnudo e fero na luz desse Maio risonho de boninas"
Todo o poema é belo, bem escrito e sensual. A parte que destaquei é apenas um exemplo da beleza das tuas palavras e imagens poéticas.
Querida amiga, um beijo.
Meu querido Nilson, obrigada pelas tuas palavras - sempre gentil!
Bom fim-de-semana.
Um beijo!
Enviar um comentário