sábado, 8 de novembro de 2014



aninhada no regaço dos dias
assisto ao destilar do tempo
que se esgota na clepsidra velha
entre dedos moídos e olhos embaciados

murmulha a vida na lágrima límpida
salpicada na lousa por limpar
e é de veludo carmim o pulsar
do coração espalhado pelo chão

vogo na viração da fortuna
em vértices alheados de mim
e neste baloiçar acre da nortada
gemem todas as horas que perdi



alexandra, outubro, 2014



2 comentários:

A.S. disse...

Continua a ser uma delicia ler-te!...

Belissimo!

Beijo,
AL

A.S. disse...

Belissimo!...
A espressão poética vibra em cada estrofe, grita em cada palavra, beija em cada sílaba!


Beijos,
AL