não me peças que te explique
o aroma das noites
que emana da planície iluminada
de deuses e memórias
e se recolhe em mim
no meu peito de azul cobalto
moram estios de anis e mel
baloiçam poentes de areia fina
na cadência morna do meltemi
que cicia enlaçado a meus pés
não sei
serei talvez
escolho de tantas ruínas
sonhando brasas na tela dos dias
não me perguntes porquê
alexandra, abril, 2015
3 comentários:
Talvez haja uma porta de vento
dentro do teu peito...
ou uma brisa de mar,
por onde se evadem todas as emoções!
Beijos,
AL
Um poema fabuloso.
À medida que a leio, fico cada vez mais encantado com a sua poesia.
Alexandra, tenha um bom resto de semana.
Beijinhos.
Não vou fazer perguntas
mas o poema tem muito interesse!
Sempre pergunto
"Tão longe paira no tempo"...
Maria Luísa
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