terça-feira, 23 de junho de 2015



não me peças que te explique
o aroma das noites
que emana da planície iluminada
de deuses e memórias
e se recolhe em mim

no meu peito de azul cobalto
moram estios de anis e mel
baloiçam poentes de areia fina
na cadência morna do meltemi
que cicia enlaçado a meus pés
                            
não sei
serei  talvez escolho de tantas ruínas
sonhando brasas na tela dos dias


não me perguntes porquê



alexandra, abril, 2015

3 comentários:

A.S. disse...

Talvez haja uma porta de vento
dentro do teu peito...
ou uma brisa de mar,
por onde se evadem todas as emoções!

Beijos,
AL

Jaime Portela disse...

Um poema fabuloso.
À medida que a leio, fico cada vez mais encantado com a sua poesia.
Alexandra, tenha um bom resto de semana.
Beijinhos.

Maria Luisa Adães disse...

Não vou fazer perguntas
mas o poema tem muito interesse!

Sempre pergunto

"Tão longe paira no tempo"...


Maria Luísa