hoje fui madrugada desmaiada
e fui traço impreciso
desenhado a negro
em tela escura
hoje fui sol sem o fulgor de outros sóis
os braços tímidos feridos de desumanidade
o sorriso debruado a mágoa
o olhar sulcado de riachos
e vi tombarem sonhos
em túmulos de incredulidade
escutei o desabar do meu sofrer
ainda hoje serei lua
desenfeitada de luz
estrela pálida cinzelada no horizonte
a aguardar o ribombar da dor
e o acordar da aurora estiolada em mim
alexandra, 24-12-2008
2 comentários:
Gostei de ver. Parabéns!
Cumprimentos,
Carlos Alberto Borges
Obrigada, Carlos, pelas suas amáveis palavras... será sempre um prazer tê-lo por cá!
Abraço amigo,
A.
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