sábado, 24 de janeiro de 2009

hoje



hoje fui madrugada desmaiada
e fui traço impreciso
desenhado a negro
em tela escura

hoje fui sol sem o fulgor de outros sóis
os braços tímidos feridos de desumanidade
o sorriso debruado a mágoa
o olhar sulcado de riachos

e vi tombarem sonhos
em túmulos de incredulidade
escutei o desabar do meu sofrer

ainda hoje serei lua 
desenfeitada de luz
estrela pálida cinzelada no horizonte
a aguardar o ribombar da dor
e o acordar da aurora estiolada em mim




alexandra, 24-12-2008




2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei de ver. Parabéns!

Cumprimentos,
Carlos Alberto Borges

Anónimo disse...

Obrigada, Carlos, pelas suas amáveis palavras... será sempre um prazer tê-lo por cá!

Abraço amigo,

A.