terça-feira, 21 de julho de 2009

...




ausente de mim
estremeço em teus abraços
num bailado rubro
que ensaio na areia
orvalhada de prenúncios
soltos a teus pés

erma de ti
ensandeço nos teus lábios
que decifro ainda
nostálgica do tempo pretérito
rasgado de memórias
resgatadas em mim

remota de nós
sorvo a aurora espontada
em serranias do querer
e no zénite de mim
sou rio espontâneo
a alvorecer na foz


alexandra, julho, 2009




4 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Ausente, erma e remota...
O poema é belíssimo querida amiga, de imensa ternura e sensibilidade.
Gostei, como é óbvio.
Beijo.

alexandra disse...

E, mais uma vez, agradeço o teu carinho assíduo...

Um beijo.

Cris Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cris Oliveira disse...

"erma de ti
ensandeço nos teus lábios
que decifro ainda
nostálgica do tempo pretérito
rasgado de memórias
resgatadas em mim"

Descrever com palavras os sentimentos mais profundos é simplesmente mágico, o que faz de você, uma alquimista.
Honrada por sua visita, sigo te acompanhando...
Beijinhos,

Cris