sexta-feira, 31 de julho de 2009

epílogo




quimeras alagaram meu peito
cioso de refúgios mansos
na vastidão oceânica da vontade
feita de marés ociosas
que se demoram na alma
atada a estultos desencantos

trajada de silêncios
depus descerrada
minha caixa de Pandora
e meus passos soaram
a vórtices serenados
por auras de assombro

só tarde demais
entrevi minha ânfora
vagando nas asas cavas
dessa doce inocência
enlodada de um ímpeto
franzino que esvaeceu


desatei a tua mão
perdi -me de ti


alexandra, junho, 2009






7 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

A vida é uma caixa de pandora, uma vez aberta tudo pode acontecer...
Escreveste um lindo poema!
beijo e ótimo domingo

Paola disse...

Gosto... como sempre, minha amiga. A vida é assim... tem males... tem bens... e há a esperança. E há uma constante tentativa de transgressão dos limites humanos...

Beijo. Terno.

lobices disse...

...gostei

Fá menor disse...

Intenso!

Passei para te conhecer...

Beijos

alexandra disse...

Um agradecimento sincero a todos pela visita e pelo carinho.


Beijinhos.

MCampos disse...

Vim através do blog do poeta Nilson e valeu a pena. Belíssimo o seu dizer poético. Gostei muito.

Um abraço.

alexandra disse...

Quanta gentileza, MCampos, deixa-me sem palavras...
Obrigada pela visita, foi uma honra para mim.
Volte sempre!

Beijinho.