no feno dócil da palavra
adivinho a matéria do sonho
abraço o trovão canoro
pleno de silêncios castos
e de ecos por desvendar
e visto a palavra límpida
com branduras e tormentos
deliro em telas de paraíso
moldando fulgores e prantos
que saem do meu durar
com a palavra pura
alinhavo mil devaneios
reinvento o tempo
a cores de estio corado
e a primaveras por achar
e na palavra alcanço o dulçor
inquieto do riacho manso
e fruo o oceano prásino
de esteiros incontáveis
à espera para me enlaçar
no pélago da palavra
desvendo o meu refúgio
diáfano e verdadeiro
da palavra brota a linfa que sacia
o sangue que me traz viva
alexandra, janeiro 2008
8 comentários:
adoro ler-te...
(www.minha-gaveta.blogspot.com)
Amiga, cheguei... e vou "com a palavra pura" do teu poema... não te digo que gostei... porque gosto.
Beijinho terno.
You're a shining star in my sky, it lights up my dark nights... Sweet kiss!!
Obrigada, Nuno...e volte, volte sempre!
Um beijo.
Sempre tão querida, Paola! Um enorme obrigada...
Beijinho.
Joana...obrigada pela tua amizade e carinho que me são tão queridos...
Mil beijos!
Sempre bons, os teus poemas.
O final...
"no pélago da palavra
desvendo o meu refúgio
diáfano e verdadeiro
a palavra é linfa que sacia
é sangue que me traz viva"
...é magnífico.
Querida amiga, desejo-te um óptimo fim de semana.
Beijo.
Obrigada, meu querido Nilson, pela tua visita e pelo teu carinho.
Beijinhos e boa semana!
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