domingo, 5 de julho de 2009

a palavra







no feno dócil da palavra
adivinho a matéria do sonho
abraço o trovão canoro
pleno de silêncios castos
e de ecos por desvendar

e visto a palavra límpida
com branduras e tormentos
deliro em telas de paraíso
moldando fulgores e prantos
que saem do meu durar

com a palavra pura
alinhavo mil devaneios
reinvento o tempo
a cores de estio corado
e a primaveras por achar

e na palavra alcanço o dulçor
inquieto do riacho manso
e fruo o oceano prásino
de esteiros incontáveis
à espera para me enlaçar

no pélago da palavra
desvendo o meu refúgio
diáfano e verdadeiro
da palavra brota a linfa que sacia
o sangue que me traz viva



alexandra,  janeiro 2008








8 comentários:

Nuno G. disse...

adoro ler-te...

(www.minha-gaveta.blogspot.com)

Paola disse...

Amiga, cheguei... e vou "com a palavra pura" do teu poema... não te digo que gostei... porque gosto.

Beijinho terno.

Joana Carvalho disse...

You're a shining star in my sky, it lights up my dark nights... Sweet kiss!!

alexandra disse...

Obrigada, Nuno...e volte, volte sempre!

Um beijo.

alexandra disse...

Sempre tão querida, Paola! Um enorme obrigada...


Beijinho.

alexandra disse...

Joana...obrigada pela tua amizade e carinho que me são tão queridos...


Mil beijos!

Nilson Barcelli disse...

Sempre bons, os teus poemas.
O final...

"no pélago da palavra
desvendo o meu refúgio
diáfano e verdadeiro
a palavra é linfa que sacia
é sangue que me traz viva"

...é magnífico.

Querida amiga, desejo-te um óptimo fim de semana.

Beijo.

alexandra disse...

Obrigada, meu querido Nilson, pela tua visita e pelo teu carinho.


Beijinhos e boa semana!